REALIDADE POUCO DISCUTIDA: A CONTAMINAÇÃO DE TUBETES DE RESINA COMPOSTA EM AMBIENTE ODONTOLÓGICO

Andrea Izabel de Souza Alvarado, Lila Parente Aguiar

Resumo


Introdução: O controle da contaminação cruzada em consultórios odontológicos é sempre um tema atual e de grande importância, o cuidado que o dentista deve ter consigo e com os pacientes é algo que deve ocorrer durante todo o tempo da consulta. Esse é um fato que sempre deve estar presente em qualquer procedimento, outro cuidado adicional deve ser feito em relação ao material utilizado para os tratamentos, inclusive com a resina composta tanto dentro, quanto fora dos dispensadores. Objetivo: Discutir por meio de uma revisão de literatura a contaminação da resina dentro e fora dos dispensadores de resina composta e as espécies microbianas encontradas que podem potencializar a contaminação cruzada entre os pacientes. Metodologia: Esta é uma revisão de literatura na qual foram usadas como plataformas de pesquisa PubMed e BVS. Foram usados, como critérios de inclusão, artigos nos idiomas inglês e português, além dos trabalhos serem dos últimos 3 anos e in vitro. Como critérios de exclusão foram escolhidos, temas que não tem relação com o objetivo principal. Revisão de literatura: É verdade que o cirurgião-dentista, seus auxiliares e seus pacientes são muito expostos a presença de formas microbianas de todos os tipos no seu consultório, e diversos métodos para combater o tipo de contaminação, chamada cruzada, são implementados, inclusive ganhando mais destaque na época do COVID-19. A verdade é que mesmo os instrumentais estarem sempre esterilizados, existem alguns materiais que não tem nenhum tipo de limpeza, nem químico, nem físico, que é o caso dos tubos de resina composta. Quando se é utilizado, seja pelo dentista, estudantes ou docentes, para realizar uma restauração de rotina, a espátula esterilizada se contamina com a microbiota oral do paciente por meio do contato de aerossóis, e esta vai e volta diversas vezes ao dispensador, ocasionando o problema de contaminá-la por completo. Existem estudos in vitro que caracterizam quais micro-organismos são encontrados nas bisnagas, que mostram resultados muito importantes para o conhecimento da comunidade odontológica. Assim, nos cultivos realizados em algumas universidades, puderam-se encontrar a presença de Streptoccocus Mutans, Cândida Albicans e Lactobacillus Rhamnosus na resina dentro do tubete, já no exterior da embalagem foram encontradas bactérias mais presentes na pele como Staphylococcus Aureus e Escherichia Coli. Conclusão: A partir do que foi discutido pelos artigos escolhidos, podemos ver e relembrar a importância da biossegurança no ambiente odontológico como um todo, seja entre dentista, auxiliar e paciente, e também nos materiais que estão sendo usados, mesmo para procedimentos de rotina como uma simples restauração. É importante sempre aparecerem novas formas de desinfecção, e assim manter a segurança para todos.

Palavras-chave


Resina composta; Biossegurança; Contaminação biológica.

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Referências


BONADIMAN, E. A.; WESTFAL, C. G. H; KAISER, T. D. L. Avaliação da contaminação de resina composta na prática odontológica. Revista Saúde.com, v. 18, n. 3, p. 2858-2863. 2022.

MAZZITELLI, C. et al. Microbial contamination of resin composites inside their dispensers: An increased risk of cross-infection? Journal of dentistry, v. 116. jan. 2022.

MENDES, H. J. et al. Contaminação microbiológica de resinas compostas utilizadas em uma clínica-escola de Odontologia. Revista da ABENO, v.21, n. 1, 2021.


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