Gení apedrejada, Madalena arrependida e Maria santificada: relações entre a misoginia no imaginário cristão e o respaldo ideológico na perpetuação da violência contra a mulher

Anne Caroline Moraes de Assis, Bruno Gustavo Muneratto

Resumo


No século XIII, houve uma grande valorização da maternidade, Maria triunfou como exemplo de mãe, de mulher. Porém, como Maria era um ideal a ser seguido, inatingível pelas mulheres comuns, essas eram muito mais representadas na figura de Maria Madalena, a pecadora arrependida, demonstrando que a salvação é possível para todos que abandonam uma vida pregressa, sendo ela o grande exemplo das vantagens da conversão. Essa ideia de inferioridade do feminino e da afronta à honra fálica, no caso do adultério, vem respaldando uma política de legitimação da violência contra a mulher seja ela doméstica ou sofrida em âmbito público que ecoa fortemente até nossos dias. Esse trabalho visa recolher alguns dados e propor reflexões acerca dessas problemáticas, valendo-se de três grandes mulheres recorrentes na nossa cultura: Maria, a mãe sem pecado; Madalena, a pecadora arrependida e Gení, a que é boa de cuspir

Palavras-chave


Mulher; Idade média; Violência doméstica; Violência contra a mulher

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